O movimento de mulheres que reemerge na década de 60 teve o mérito de introduzir na agenda política questões que estavam antes restritas à esfera supostamente despolitizada e neutra da vida privada, trazendo para o debate público temas como a sexualidade e o corpo feminino. Estes temas são colocados como centrais na luta das mulheres pelo reconhecimento de sua condição de cidadãs, sujeitos capazes de decidir sobre as próprias vidas e sobre suas escolhas reprodutivas e sexuais. Nesta direção, o movimento denun-cia o papel de controle e tutela sobre as mulheres exercido por instituições como religiões, família, medicina e Estado, e propõe relações sociais baseadas na eqüidade entre homens e mulheres.
Autora: Carmen Simone Grilo Diniz