Após um estágio que realizei em um ambulatório na Suíça, que contava com excelentes condições técnicas e de recursos humanos, voltei com a idéia de implementar um ambulatório feminista. Na época, algumas companheiras, também interessadas na criação de um ambulatório feminista, diziam que a proposta era muito avançada para a nossa realidade e questionavam se seria possível concretizá-la. Eu respondia que sim, apesar da consciência das dificuldades e sabedora do desafio que seria realizar um trabalho desse gênero no Brasil, sobretudo levando em conta a nossa ambição, que era a de criar um atendimento integral de saúde da mulher com uma visão mais holística e humanizada.