Queremos aproveitar a Campanha, que tem o objetivo de dar a visibilidade a um tema tão importante para toda a sociedade, para trazer algumas questões que achamos que são importantes relacionadas ao tema.
Essa afirmação parece óbvia, mas muitas vezes na intenção de incentivar o aleitamento, fala-se muito das vantagens para o bebê e a mulher que amamenta fica esquecida. Amamentar pode ser muito fácil para algumas mulheres e pode ser uma experiência complexa para outras. Amamentar envolve um corpo (que tem uma história e que na grande maioria das vezes gestou e acabou de parir); envolve emoções (em um momento da vida onde elas costumam estar à flor da pele); envolve quem está ao redor (amamentar sem apoio é praticamente impossível); envolve o compromisso da sociedade com as mulheres e bebês (estamos falando de licença maternidade de pelo menos 6 meses, estrutura para mulheres continuarem amamentando mesmo voltando ao trabalho, de creches preparadas para oferecer o leite de cada mãe a cada bebê entre muitas outras coisas).
É muito comum no Brasil os relatos de mulheres que “lutam contra o mundo” para poder a amamentar seus filhos. Esse processo é desgastante e nem todas as mulheres conseguem levar a batalha em frente. Novamente queremos lembrar que o ato de amamentar é realmente da mulher, a decisão de querer ou não é única e exclusiva da mulher, mas cada processo de amamentação mal sucedido nunca é culpa da mulher, pois o apoio do sistema de saúde e as redes de apoio precisam conseguir acolher toda a complexidade dessa experiência e fornecer suporte contínuo para as mulheres.
A falta de apoio faz com que a média brasileira de tempo de amamentação exclusiva seja de 54,1 dias.
Nós no Coletivo Feminista temos uma Equipe de Obstetrizes e Médicas de Família preparadas para acolher as mulheres em seus processos de maternidade oferecendo apoio e suporte para a gestação, parto e pós parto.