Uma mulher é agredida a cada 5 minutos no Brasil. Mais de 4 mil são assassinadas por ano, de acordo com dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal. A cada três pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por causa de violência doméstica, duas são mulheres. Diante deste cenário, brasileiros e brasileiras contam, há treze anos, com a Lei Maria Penha, principal instrumento de denúncia e coibição da violência doméstica. O Disque 180 funciona desde 2006 recebendo denúncias anônimas de violência doméstica. Desde então, foram registrados mais de 4 milhões de denúncias.
O Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, 25 de novembro, traz a memória de três irmãs ativistas políticas latino-americanas. Você conhece essa história?
As irmãs Mirabal. Pátria, Minerva e Maria Teresa foram três valentes mulheres dominicanas que se opuseram com todas as suas forças a ditadura de Trujillo.
Quando Rafael Trujillo chegou ao poder, a família Mirabal perdeu quase tudo o que possuía. As irmãs Mirabal acreditavam que o ditador Trujillo levaria o país ao caos, e então ingressaram em um grupo de oposição ao regime, conhecido como “o agrupamento politico 14 de junho” para lutar contra a ditadura.
Dentro deste grupo ficaram conhecidas como “As Mariposas”, nome com que Minerva era identificada nas relações politicas.
Duas das irmãs, Minerva e Maria Teresa, foram presas, estupradas e torturadas em várias ocasiões. E apesar das violeêcias as quais foram submetidas, continuaram lutando contra a ditadura de Trujillo.
Depois de diversas prisões, Trujillo decidiu por um fim nas irmãs. Em 25 de novembro de 1960 elas foram sequestradas e os assassinos de Trujillo espancaram-nas até a morte, colocaram as três dentro de um carro e simularam um acidente de transito.
As mortes das Mirabal causou uma enorme repercussão na Republica Dominicana. A comoção tornou o povo mais propenso a apoiar as irmãs Mirabal e seus ideais.
Essa reação contribuiu para um despertar da consciência coletiva e finalmente culminou no assassinato do ditador em 30 de maio de 1961.
Em homenagem a essas valentes mulheres, 25 de novembro é o dia Internacional em que se comemora a Não Violência Contra a Mulher. Esta data foi estabelecida no primeiro Encontro Feminista Latino-americano e Caribenho celebrado em Bogotá, Colombia, no ano de 1981.
Na cidade hondurenha Ojo de Agua, se conservam suas roupas, suas pertences e suas casas, que se encontravam no momento de suas mortes. O sitio foi transformado em um museu aberto para visitação. Longe daí vivia a única irmã Mirabal que não foi assassinada: Dedé.
A escritora estadunidense de origem dominicana Julia Álvarez escreveu um romance baseado nas irmãs Mirabal, com o titulo En el tiempo de las mariposas que logo virou um filme do diretor Mariano Barroso.
Em homenagem a eles, os botânicos Francisco Jiménez Rodríguez e Liliana Katinas dedicaram uma espécie de planta recém descoberta com o nome Salcedoa Mirabaliarum F. Jiménez R. & L. Katinas, árvore endêmica de Hispaniola, descoberta nas montanhas da província dominicana Província Mirabal. Foi publicado sob o artigo “gene Salcedoa. Novembro, um Enigma biogeográfico no Caribe Mutisieae (Asteraceae)”, na revista científica Systematic Botany (2004), 29 (4): .987-1002, da Sociedade Americana de Taxonomista Vegetal.”
A ex província dominicana Salcedo, foi rebatizada pelo nome de Hermanas Mirabal.
Documentário sobre Las Hermanas Mirabal
Nombre secreto: Mariposas, el documental
El asesinato de las hermanas Mirabal marcó el principio del fin para Trujillo
Cuatro hermanas decidieron enfrentar a un dictador
Filmografía sobre las Hermanas Mirabal
2001(TV) En el tiempo de las mariposas de Mariano Barroso
2007 Oriundos de la noche (Documental)Javier Balaguer
2008 Crimen de Etzel Báez
2009 Codename: Butterflies (Documental) de Cecilia Domeyko
2010 Trópico de sangre de Juan Delancer
Bibliografía
Historia de las hermanas Mirabal
Cortometraje sobre las hermanas Mirabal
Narración y Trama del Asesinato